Grandes empresas já anunciam vagas na web. Outras consideram até o que candidatos produzem em redes sociais como parte do processo seletivo.
Recém-formada engenheira química, a paulistana Alice Machado, de 24 anos, encantou-se com um vídeo no YouTube chamado Próximos Líderes. A atração incentivava jovens a participar de um processo de seleção profissional, mas não fazia qualquer referência ao nome da empresa por trás dele. O convite fisgou Alice. "Imediatamente, me identifiquei com as ideias exibidas ali e as associei à Natura", conta.
De fato, o vídeo fora postado no site de compartilhamento pela fabricante de cosméticos para atrair pessoas à página da marca no YouTube e, em seguida, dar início a um processo de seleção de trainees. Alice mergulhou no recrutamento virtual, foi aprovada e atualmente trabalha na companhia. "Nosso objetivo era encontrar na internet candidatos que realmente se identificassem com nossa filosofia", diz Denise Asnis, gerente de liderança da Natura.
É na internet que empresas como Coca-Cola, Vivo, Ipiranga, Vale e Google – além da própria Natura – têm procurado talentos. Algumas delas apenas anunciam as vagas disponíveis em sites conhecidos, como LinkedIn (3 milhões de currículos cadastrados no Brasil), Vagas.com (4 milhões de currículos) e Catho Online (230.000 vagas oferecidas) e também em perfis do Twitter como @trampos (58.000 seguidores). Outras companhias chegam a considerar como parte do processo seletivo o que candidatos a um posto produzem em serviços como Facebook e Twitter .
Levantamento do Catho, site que reúne e tabula ofertas de empregos e currículos de profissionais, estima que, em 2009, quase um quarto das contratações feitas no país passou pela internet. E os candidatos estão de olho nisso: três em cada quatro profissionais em busca de emprego usam os serviços eletrônicos para encontrar uma nova posição.
"Sempre anunciamos nossas vagas nas redes sociais. É através dos avisos publicados ali que eventuais candidatos têm acesso à descrição de cada posto aberto na empresa", diz Alessandra Nogueira, gerente de RH da Coca-Cola Brasil. A internet é, aliás, a estrutura sobre a qual se apoia todo o processo de seleção da multinacional. Por meio do banco de currículos Peopleclick, o interessado se apresenta para vagas em até 150 países e autoriza a ferramenta a avisá-lo, por e-mail, quando surge uma oportunidade.
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