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PETROBRAS E PASADENA

1) O que é a Petrobras?
A Petrobras é uma empresa sociedade anônima de capital aberto, cujo acionista majoritário é o governo brasileiro, atua como uma empresa integrada de energia nos seguintes setores: exploração e produção, refino, comercialização, transporte, petroquímica, distribuição de derivados, gás natural, energia elétrica, gás-química e biocombustíveis
Ela nasce dia 3 de outubro de 1953, com a assinatura de Getúlio Vargas promulgando o decreto, com o objetivo de executar as atividades do setor petrolífero nacional.
A estatal é o resultado de uma campanha popular iniciada em 1946, cujo slogan permanece lembrado até os dias de hoje: “O Petróleo é nosso”.
Apesar de ter sido criada em 1953, a petrolífera só iniciaria suas operações no ano seguinte, após herdar do Conselho Nacional de Petróleo duas refinarias, que – juntas – produziam 2663 barris, o equivalente a 1,7% do consumo à época. O petróleo e seus derivados, em 1954, representavam 54% do consumo energético do País. (http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/trajetoria/)
2) Mas ela não é puramente estatal? Há acionistas?
A Petrobras tem sócios privados desde seu início, apesar de sempre ter sido controlada pelo governo.
Em 1997, por meio da Emenda Constitucional nº 9 aprovada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2005-10-16/quebra-do-mon...), o governo vendeu parte de suas ações.
Isso não só tirou o poder do governo brasileiro sobre a empresa criada por Getúlio Vargas, como abriu o caminho para uma possível privatização (enquanto ela era monopólio estatal não poderia ser vendida).
3) Mas é verdade que o Fernando Henrique quis privatizar a Petrobras?
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse à Folha que o modelo de gestão da empresa no governo tucano (1995-2002) reduzia a exploração petrolífera, desmembrava a área de refino, inibia investimentos e deixava o custo para a empresa e o lucro para o setor privado.
Há inclusive documento no Fundo Monetário Internacional que comprova a tentativa do governo tucano de privatizar a estatal:
“The government intends to accelerate and further broaden the scope of its privatization program–already one of the most ambitious in the world. In 1999 it intends to complete the privatization of federal electricity generation companies, and in 2000 it will begin the privatization of the electricity transmission network. At the state level, most remaining state-owned electricity distribution companies are expected to be privatized in 1999. The government has also announced the intention to sell in 1999 its remaining shares of previously privatized companies (notably Light and CVRD), as well as the remaining portion of the noncontrolling share of Petrobrás. The legislative framework for the privatization or leasing of water and sewage utilities is being prepared. The government also intends to accelerate the privatization of toll roads and the sale of its redundant real estate properties. Total receipts from privatization are projected at around R$27.8 billion (nearly 2.8 percent of GDP) (of which R$24.2 billion at the federal level) in 1999 and at R$22.5 billion over the period 2000-2001.”
O governo também anunciou a intenção de vender em 1999 a parte remanescente nas participações de empresas previamente privatizadas (ressalta-se Light e Vale), assim como a participação remanescente das ações da Petrobras. (Tradução livre do trecho sublinhado:http://www.imf.org/external/np/loi/1999/030899.htm)

O Brasil tem o mais baixo encargo trabalhista entre 34 países, diz a Fiesp

O Brasil tem o mais baixo valor de encargos trabalhistas entre 34 países pesquisados pelo Departamento de Estatística do Trabalho dos EUA (BLS, sigla em inglês). Em dólares, a média brasileira é de US$ 2,70 a hora, enquanto a média das outras 33 nações avaliadas é de US$ 5,80 por hora.
Essa é a conclusão mais evidente trazida por um texto publicado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” neste final de semana. Porém, essa informação, a mais clara de toda a reportagem, vinha apenas no penúltimo parágrafo.

Telefônica demite na Espanha e lucra aqui


Ontem a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico disse que, provavelmente, só daqui a 15 anos a Espanha, assolada pela maior onda de desemprego de sua história, voltará a ter os mesmos níveis de ocupação de antes da crise global de 2008.

Hoje, uma de suas principais empresas – a Telefónica de Espanha – deu sua “ajudinha” para que essa previsão se concretize.

Anunciou a ampliação de seu já enorme plano de demissões para 8,5 mil funcionários, nos próximos cinco anos, ante uma previsão anterior de 6,5 mil demitidos. Isso representa um quarto de todos os seus empregados na Espanha.

Segundo O Globo, “A Telefónica considera que a redução nos custos com pessoal é o “único caminho” para garantir a lucratividade em um universo de “inexorável declínio das receitas”, como resultado dos avanços tecnológicos e queda nos preços pela forte concorrência”.

Não é o único caminho, não. Há outro e somos nós aqui no Brasil. Veja o que diz esta matéria publicada mês passado pelo Terra, onde se anuncia o pagamento de maiores dividendos aos acionistas da empresa:

“Uma das principais apostas da Telefônica é no mercado brasileiro, que deve ajudar a compensar a estagnação na Espanha. A estratégia do grupo é se concentrar em crescimento de dados móveis, com expectativa de expansão anual de banda larga sem fio de 30% a 35% de 2010 a 2013.A Telefônica teve lucro líquido de 10 bilhões de euros no ano passado. O desempenho fora da Espanha na Europa e na América Latina foram suficientes para ofuscar a fraqueza no mercado doméstico, onde a economia patina depois do estouro de uma bolha no mercado imobiliário.A América Latina representa 43% da receita do grupo, contra 40% em 2009. A Espanha, por sua vez, reduziu seu peso no faturamento para 30%, de 35%.”

O Brasil é mesmo um negócio da China para as multis, não é? Trabalham mal – a Telefônica lidera o ranking do Procon há cinco anos – e ganham muito….

Por Brizola Neto - Tijolaço - 26.05.2011

Brasil tem 85 milhões de computadores em uso


Pesquisa mostra que Brasil tem 85 milhões de computadores em uso
O uso de computadores no Brasil continua crescendo. Se no ano passado havia 78,2 milhões de computadores em uso no país, em 2011 o número chegou a 85 milhões, o que significa que quatro de cada nove brasileiros têm um equipamento para uso doméstico ou corporativo. O número consta da pesquisa Mercado Brasileiro de Tecnologia de Informação (TI) e Uso nas Empresas, divulgada anualmente pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo o coordenador da pesquisa e professor da FGV, Fernando Meirelles, o aumento se deve a três fatores. “O primeiro fator é que o custo do equipamento tem caído ano a ano. O segundo fenômeno é o poder aquisitivo, a economia favorece a compra. E o terceiro e, talvez, o mais importante é que a percepção das pessoas sobre a utilidade do computador tem crescido”.
De acordo com Meirelles, o número de computadores no país duplicou nos últimos três anos e a tendência é que essa progressão se repita nos próximos três ou quatro anos. Para 2012, a expectativa é de um computador para cada dois brasileiros. Esse crescimento, segundo o professor, tem sido maior no mercado doméstico do que nas empresas.
“O usuário não corporativo é muito grande e é o que mais cresce proporcionalmente por um motivo muito simples: as empresas se informatizaram antes do que as pessoas”, afirmou.
As vendas de computadores no país também apresentaram crescimento. Em 2010, cerca de 14,6 milhões de unidades foram negociadas, representando um crescimento de 20% nas vendas.
Em comparação com países desenvolvidos, como os Estados Unidos, o número de computadores em uso no Brasil ainda é baixo. Nos Estados Unidos há cerca de 330 milhões de computadores em uso. Enquanto a taxa de penetração no Brasil é de 44%, nos Estados Unidos chega a 106%, o que significa que há mais computadores em uso nos Estados Unidos do que habitantes.
O mesmo fenômeno se observa com relação a telefones (móveis e fixos) e aparelhos de televisão. Enquanto no Brasil temos 250 milhões de telefones e 155 milhões de TVs, nos Estados Unidos os números chegam a 454 milhões de telefones e 400 milhões de TVs. Em todo o mundo, são 6,8 bilhões de telefones e 4 bilhões de aparelhos de TV.
“Comparado com a média mundial, o Brasil está muito bem em computadores, telefone e televisão. Estamos bem acima da média mundial. Mas tem muito chão ainda. Estamos bem abaixo dos Estados Unidos, por exemplo, país que tem taxas de penetração de computadores, por exemplo, maiores que o número de habitantes. Nós vamos chegar à metade [da população] no começo do ano que vem”, explicou o professor.
A média de penetração de computadores em todo o mundo é 36%. Segundo a pesquisa, há 2,5 bilhões de computadores em uso em todo o mundo.

Elaine Patricia Cruz  (Repórter da Agência Brasil)