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Um macaco teria erguido um império nas condições dadas a Roberto Marinho pela ditadura em troca de apoio político


Por Paulo Nogueira

De tanto tratar os brasileiros como idiotas, a Globo parece que passou realmente a acreditar que somos todos imbecis.

É o que sugere um editorial a propósito da liberdade de expressão.

Nele, os Marinhos atacam, furiosamente, a regulação da mídia. E se colocam na posição de campeões do “jornalismo independente, que não vive de verbas oficiais”.

Pausa para gargalhar, e um segundo a mais para lembrar Wellington: quem acredita naquilo acredita em tudo.

Cada tijolo da Globo é, de alguma forma, produto de verbas oficiais – e mais incontáveis mamatas e privilégios que a empresa ganhou na ditadura militar e preservou intactos, numa aberração, nestes anos todos de democracia restabelecida.

Um macaco teria erguido um império nas condições dadas a Roberto Marinho pela ditadura em troca de apoio político.

Financiamentos diversos, publicidade copiosa dia após dia, complacência na cobrança de impostos – em suma, foi um empreendimento que é o oposto do que prega o capitalismo real. Não havia risco. Estava tudo garantido.

Roberto Marinho recebeu muito da ditadura e deu muito a ela. É expressivo o depoimento do general presidente Médici, em 1972: “Sinto-me feliz todas as noites quando assisto TV porque no noticiário da Globo o mundo está um caos, mas o Brasil está em paz… É como tomar um calmante após um dia de trabalho …” (Este Brasil paradisíaco subitamente renasceria, agora, caso Aécio tivesse vencido.)

As facilidades acabariam vindo de todos os lados.

No Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim lembra, hoje, como foi construído o Projac, o monumental estúdio da Globo.

Como em tudo, dinheiro público – e não as reservas formidáveis da família Marinho.

Num perfil sobre Roberto Marinho, o acadêmico Gabriel Collares Barbosa, da UFRJ, fala com minúcias do Projac.

“Outro fato que merece registro se refere a construção do Projac. Com 1.300.00 m², o Projac, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, é o maior centro de produção da América Latina e foi projetado para abrigar superestúdios, módulos de produção e galpões de acervo.

Ao todo são quatro estúdios, de 1000m² cada, fábrica de cenários, figurinos, cidades cenográficas, centro de pós-produção e administração.

O que não é dito à população é que o Projac foi construído em uma área reservada pelo governo do Rio de Janeiro para a construção de casas populares.

Roberto Marinho humildemente solicitou à prefeitura uma autorização para construir sua 'casinha' popular. Com a autorização em mãos, Roberto Marinho indevidamente começou a construção do Projac utilizando recursos levantados em empréstimos com a Caixa Econômica Federal para pagamento em dez anos.

Podemos especular que a quitação do débito foi pago com propaganda da CEF na Rede Globo.

Uma ação popular exigindo a devolução desse dinheiro foi impetrada na justiça pois a Caixa Econômica é acusada de ter feito uma operação fora da rotina, com juros abaixo do mercado. O valor desse empréstimo atualizado com juros e correção monetária chega hoje a 37 milhões de dólares.”

A maneira como a Globo se serviu de bancos públicos foi imortalizada, em 1983, pelo Pasquim.

O Pasquim noticiou dois empréstimos a juros maternos que a Globo conseguiu com o Banerj, o Banco do Estado do Rio.

O Pasquim mostrou que a Globo ganharia um dinheiro considerável caso simplesmente pegasse o dinheiro dos empréstimos e o aplicasse no próprio Banerj.

Roberto Marinho foi chamado, pelo Pasquim, de “o maior assaltante de bancos do Brasil”.

“Nenhuma outra quadrilha, inclusive movimentos terroristas, lucrou tanto no negócio de assaltos a bancos como a quadrilha da Rede Globo”, escreveu o Pasquim.

O diretor superintendente do Banerj, Miguel Pires Gonçalves, acabaria depois virando superintendente da Globo. (Filho de um general da ditadura, Gonçalves acabaria por ser peça chave na manipulação do debate entre Collor e Lula na Globo, em 1989.)

Pois é esta Globo que, num editorial, desce à infâmia e se proclama símbolo do “jornalismo sem verbas oficiais”.

Talvez a Globo considere que os 500 milhões de reais anuais que vem recebendo há tempos das estatais federais – mesmo com uma brutal queda da audiência — sejam pouca coisa.

Ou, então, o que é mais provável, ache que somos todos estúpidos para cair na lorota cínica de que é uma empresa que ficaria de pé sem as mil-e-uma incursões ao dinheiro público.


Encontro paranaense traça planos para uma mídia mais democrática

Foto: Vinícius Carvalho

Cerca de 100 pessoas estiveram presentes no Encontro, que serviu como preparatório para o Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (ENDC), marcado para abril em Belo Horizonte – MG. “Essa é uma luta que não se faz só no nível nacional, ela também deve chegar aos estados e cidades para ser concreta no dia-a-dia das pessoas”, comenta Bia Barbosa, da coordenação nacional do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.

O professor de jornalismo Ayoub Hanna, que integrou a mesa de abertura, também defende a importância de debates como esse. “Precisamos desses eventos para mobilizar movimentos sociais, sindicatos e organizações para a defesa desse direito legítimo de toda a população”, diz.

O EPDC discutiu a regulação da mídia para uma comunicação menos concentrada nas grandes corporações, bem como o atual cenário político que favorece a exclusão de grupos minoritários dos meios de comunicação. “A grande maioria da população está excluída da mídia tradicional, dos conteúdos de entretenimento, como as novelas, mas, principalmente, do conteúdo de jornalismo”, explica Ayoub.

Comunicação na rua

Às 13h, os participantes se reuniram em frente à catedral da praça Tiradentes para uma intervenção na rua. O ato contou com música e recital de cordel para chamar a atenção dos passantes para a representatividade das diferentes culturas e sotaques na grande mídia.

Mais tarde os encontristas se dividiram em grupos que debateram os seguintes temas: representação das identidades regionais em produções audiovisuais; comunicação pública; comunicação popular; mídia e direitos humanos; e o Marco Civil da Internet. Cada grupo elaborou uma carta de propostas, que serão unificadas em um documento para ser apresentado no Encontro Nacional.

Para Bia Barbosa, esse foi um dos pontos mais positivos do encontro. “Muitas vezes ocorrem grandes encontros e debates e isso não é transformado em algo concreto. Aqui, o debate gerou propostas específicas para a ação nacional e dentro do estado”.

Participação estudantil e de movimentos sociais

Grande parte dos participantes eram jovens, em sua maioria, universitários. O número de estudantes nas discussões não surpreendeu o professor Ayoub Hanna. “Temos visto grande participação dos estudantes em muitas lutas. A capacidade de mobilização estudantil é muito maior que a de qualquer outra categoria e isso fortalece os eventos. Quando há uma participação como essa, a gente vê que o resultado pode ser mais forte no futuro”.

A bacharel em direito e mestranda da UFPR Alice Novato, 25, se disse muito satisfeita com a representação que encontrou no evento. “Todos os grupos minoritários estavam representados e estavam muito à vontade, o que mostrou como o próprio evento foi democrático”, conta. Alice, que também integra a Rede de Grupos de Agroecologia do Brasil (REGA Brasil), considera a comunicação uma pauta fundamental para qualquer tipo de mobilização. “Me senti contemplada em ver que as pautas que foram encaminhadas aqui são pautas que surgem reiteradamente nos nossos movimentos”.

Ana Paula Salamon, da Frentex – PR, destaca a importância da diversidade de grupos presentes. “Cada movimento tem suas lutas, mas quando se fala em democratização da comunicação, isso perpassa todas as outras reivindicações. Uma reforma política no país não pode ser feita sem olhar para a comunicação”, explica.


Desafiando a Constituição de 88

Por Venício A. de Lima

Em outubro de 1993, apenas quatro meses após a aprovação da Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF), o deputado distrital Wasny de Roure apresentou o projeto de lei 1110/93 à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) propondo a criação do Conselho de Comunicação Social (CCS-DF) previsto em seu artigo 261 para “assessorar o Poder Executivo na formulação e acompanhamento da política regional de comunicação”.

Priorizada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, a criação do CCS-DF foi discutida publicamente com os candidatos a governador na campanha de 1994. Todos eles se comprometeram a cumprir o artigo 261 da LODF, inclusive o candidato que veio a ser eleito, Cristovam Buarque.

O projeto pioneiro de Wasny de Roure, arquivado ao término da legislatura, foi desarquivado em 1995 e voltou a tramitar. O governo Cristovam Buarque (1995-1998), então no PT, criou uma comissão para propor um substitutivo ao PL de Wasny de Roure que foi elaborado e apresentado pelo deputado Milquéias Paz, em 1996. Aprovado em todas as comissões da CLDF pelas quais tramitou, esteve pronto para votação em plenário desde abril de 1998, mas, ao contrário do prometido, o PL não teve o apoio do governo Cristovam Buarque e não foi votado. Cinco anos depois, acabou arquivado e até hoje, 22 anos depois, a LODF continua sendo descumprida.

No Senado Federal

Não constitui surpresa, portanto, para aqueles que – há décadas – defendem o cumprimento das normas constitucionais federais e estaduais e participam de movimentos a favor da regulação democrática da mídia, as declarações do novo presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado Federal, em sua primeira entrevista, na terça-feira (3/3).

Cristovam Buarque (PDT-DF) manifestou-se contrário à regulamentação da mídia, advertindo: “A gente começa a fazer umas regulamentações até corretas para evitar excessos, mas depois vem a tentação de dar um passo a mais e de repente a mídia termina controlada completamente”. E completou: “Então, às vezes, é melhor você não se submeter ao necessário para não cair no erro posterior. É um passo que muito rapidamente você perde o controle e passa a censurar conteúdo” (ver aqui).

Na Câmara dos Deputados

No dia seguinte, o novo presidente eleito da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados, afirmou: “Eu acho que não deve regulamentar coisa nenhuma, porque a liberdade de imprensa é algo muito sério e jamais deve ser combatida”. E mais: “Regulação da mídia para mim é o uso do controle remoto, é pai desligando a televisão em programas não apropriados para seus filhos, é você decidindo o que vai assistir”.

Segundo a matéria assinada pela jornalista Lúcia Berbert, o novo presidente da CCTCI inclui o arrendamento, por igrejas, de horários nas emissoras concessionárias do serviço público de radiodifusão como uma das formas de liberdade de expressão. Há, todavia, uma ressalva: “O que não pode é beneficiar apenas um credo religioso” (ver aqui).

O deputado Fábio Sousa (PSDB-GO) está em seu primeiro mandato e na sua página na Câmara dos Deputados constam como profissões: Apresentador de Televisão, Gestor Público, Pastor e Radialista. Ele é também bispo da Igreja Fonte da Vida.

À repórter Lúcia Berbet o novo presidente da CCTCI admitiu que o programa do qual foi apresentador em canal de TV de Goiânia, por quase 20 anos, até a sua recente eleição, era arrendado pela Igreja Fonte da Vida.

Contra a Constituição?

Os (poucos) pronunciamentos sobre regulação da mídia feitos por autoridades do segundo governo Dilma Rousseff têm reiterado insistentemente que se trata de regular o que está previsto na Constituição Federal de 1988 e de atualizar o que é necessário em função do desenvolvimento tecnológico.

Será que os presidentes das comissões onde necessariamente a matéria deverá ser tratada nas duas Casas Legislativas ignoram que o Congresso Nacional tem sido omisso em relação à regulamentação das normas e princípios constitucionais relativas à comunicação social há mais de 25 anos? Ou, o que seria ainda pior, estariam desafiando e declarando-se contrários ao que está na Carta Magna?

Fonte: Observatório da Imprensa

Regulação da Mídia

Um setor complexo

No campo das Ciências Políticas, uma conhecida teoria afirma que a sociedade é soberana – ou, segundo a terminologia dos teóricos, a “principal” – e o Estado é seu "agente". Isso significa que, nas democracias representativas, a sociedade se converte no soberano último de tudo aquilo que o Estado permite ou proíbe, concede ou cancela, regulamenta ou desregulamenta. Por meio dos processos eleitorais, os cidadãos delegam aos representantes eleitos a tarefa de levar os “negócios” públicos, segundo os parâmetros que conformam a Constituição e as leis.

Em tal diálogo entre a sociedade e o Estado, define-se um conjunto de regras para organizar a vida pública. No que compete ao sistema de comunicações, são muitos os agentes que participam dos diferentes processos, que vão desde a produção até a recepção dos conteúdos transmitidos pelos meios de comunicação.

A presença dos "agentes"

Existe todo um sistema governamental no centro desse espaço – formado por entes estatais distintos e, com frequência, independentes (como o Supremo Tribunal Federal ou o Congresso). Também podemos destacar os empresários do setor, os trabalhadores e as diferentes associações relacionadas com a área de atuação da mídia. A própria sociedade também não se configura como um corpo homogêneo, pois vai além dos eleitores e dos espectadores. De maneira geral, está composta por organizações sociais e instituições de estudo e pesquisa que também podem interferir na complexa rede estatal-privada que constitui o setor das comunicações.

Mas ainda que este sistema seja marcado por complexidades desde sua própria formação, é possível (e desejável) regulá-lo assim como se faz em outros setores estratégicos. Na medida em que aumenta o grau de impacto desse complexo sistema de comunicações sobre a sociedade, também tende a crescer o interesse da sociedade soberana (ou “principal”) em exigir de seus representantes (ou “agentes”) que façam algo para que se evite as potenciais influências negativas.

No fundo, a necessidade ou não de regular qualquer setor e a intensidade desta regulação se veem condicionadas pela resposta à pergunta: que poder tem este segmento específico para modificar as preferências da sociedade e as dos próprios governantes? Quanto maior o poder de determinado segmento, maior a necessidade de um sistema regulador.

Por outro lado, também parece bastante razoável imaginar que qualquer setor da economia que seja regulado pelo Estado não se submeterá de forma passiva ao processo de regulação. Suas reivindicações serão sempre no sentido de assegurar que a regulação seja o menos prejudicial possível a seus interesses (isto é, um marco legal que não implique aumento de custos nem uma diminuição de benefícios).

Em suma, esta discussão também exige que se avalie a potencial resistência do sistema de comunicação em acatar as regulamentações que a sociedade deseja verem cumpridas. Isso deve incluir, necessariamente, uma análise dos recursos de poder com os quais se joga no momento de influenciar a sociedade, buscando que ela mesma deixe de aspirar que exista algum tipo de regulamentação estatal.

Fonte: ANDI Comunicação e Direitos

Conceito de Regulação

A percepção contemporânea de que os meios de comunicação são instituições centrais para os regimes democráticos garantiu a esses meios, por parte dos Estados Nacionais, um conjunto de direitos especiais que têm sua mais importante expressão no direito à liberdade de imprensa. Por outro lado, esse mesmo reconhecimento e o fato de serem definidos como direitos especiais levaram os Estados Nacionais a estabelecerem um conjunto de regras que ressaltam os deveres da mídia em relação às nossas democracias. Trata-se da ideia de regulação da mídia.

Não é de hoje que os Estados vem assumindo a decisão de estabelecer normatizações sobre a atividade privada – nem tais regramentos estão limitadas ao campo da comunicação. Certos elementos, como a padronização de pesos e medidas, os impostos ou as leis trabalhistas, compõem os marcos regulatórios desenhados pelos Estados Nacionais durante os últimos séculos e regem diretamente atividades diversas, muitas delas levadas a cabo pelo setor privado.

Iniciativas reguladoras mais específicas tampouco são novidades – a primeira agência reguladora da qual se tem notícia foi fundada em 1887, nos Estados Unidos: a Insterstate Commerce Commission. Décadas mais tarde, nos anos 1930, durante o regime do New Deal, sob o comando do presidente Franklin D. Roosevelt, foram criadas inumeráveis agências reguladoras de setores específicos, entre as quais se encontra a Federal Communications Commission (FCC), responsável pela regulação das comunicações.

A construção de um ambiente regulatório para os inumeráveis tipos de atividades econômicas vêm sendo, portanto, uma constante na relação entre o Estado e as empresas.

Setores regulados

Ao contrário do que indica o sentido comum, na realidade são pouquíssimos os setores regulados exclusivamente pelas leis de mercado. Historicamente, os Estados democráticos vêm regulando aqueles setores que têm uma ou mais das seguintes características:

  • São monopólios naturais.
  • São concessões estatais.
  • Apesar de se considerar em princípio que podiam ser regulados pelo mercado, tal solução começou a apresentar problemas.
  • São vistos com potencial de gerar um volume significativo de fenômenos externos negativos, de modo que sua regulação pelo mercado é considerada como insuficiente no momento de garantir o bem-estar de certos segmentos da população.
  • São o alvo de uma decisão democrática para que se tornem objeto de regulação porque se considera que exercem um nível de poder elevado.


Fonte: ANDI Comunicação e Direitos

LAURA CAPRIGLIONE TAMBÉM ESTARÁ CONOSCO NO II ENCONTRO DE BLOGUEIROS E ATIVISTAS DIGITAIS


Laura Capriglione, jornalista da Ponte Jornalismo, também estará conosco no II Encontro Estadual de Blogueiros e Ativistas Digitais de SP.

Laura também possui um blog no Yahoo! Notícias e colabora com o projeto A Conta da Água, que reúne reportagens, ensaios, notícias e entrevistas sobre a crise hídrica de SP.

II ENCONTRO ESTADUAL DE BLOGUEIROS E ATIVISTAS DIGITAIS


Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, convida para o II Encontro Estadual de Blogueiros e Ativistas Digitais de SP.


ELEITORES PODERÃO ASSINAR A LEI DA MÍDIA DEMOCRÁTICA NA INTERNET



Foi lançada na última quinta-feira (5/2) o formulário online de apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) da Comunicação Social Eletrônica, conhecido como Lei da Mídia Democrática.

A ferramenta faz parte de um conjunto de estratégias para ampliar a visibilidade da proposta e promover a discussão sobre a necessidade de democratizar a comunicação social no Brasil.

Esse projeto foi lançado no primeiro semestre de 2013 por várias entidades da sociedade civil e movimentos sociais.

Acesse o site www.paraexpressaraliberdade.org.br e saiba tudo sobre essa campanha. Lá você poderá encontrar artigos sobre o tema, notícias atualizadas, o histórico de todas as ações que estão sendo desenvolvidas, o  projeto de lei na íntegra, materiais para divulgação, entre outros.

Participe!


Luiza Erundina, presença confirmada no I Encontro de Blogueiros de SP



No início de março aconteceu a primeira reunião para a preparação da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular. Proposta pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP), a Frente deverá atuar em conjunto com a sociedade civil, tendo em vista o novo marco regulatório para as comunicações.

A proposta é que o lançamento oficial ocorra em 19 de abril. Para que a Frente seja devidamente registrada e possa funcionar com apoio institucional, é necessária a adesão de pelo menos 171 deputados. Obtidas as assinaturas, o grupo se encarregará de “promover, acompanhar e defender iniciativas que ampliem o exercício do direito humano à liberdade de expressão e do direito à comunicação”, conforme prevê o manifesto em favor da criação da frente.

Na prática, os deputados prometem defender a maior participação popular quanto à regulação das comunicações; defender a transparência, regras claras e procedimentos democráticos nas outorgas e na renovação de concessões de rádio e TV; e cobrar o fiel cumprimento ao que determina a Constituição Federal, principalmente no que diz respeito à proibição de monopólios e oligopólios no setor.
Além disso, o movimento também tem como objetivos o fortalecimento do sistema público de comunicação, a luta contra qualquer forma de censura e o direito da população à banda larga, garantindo a universalização do serviço.
Entre as organizações presentes na reunião da última semana estavam a Federação dos Radialistas (Fitert), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Coletivo Intervozes. Participaram ainda os deputados Ivan Valente (PSOL-SP), Emiliano José (PT-BA), Jean Wyllys (PSOL-RJ), Nazareno Fonteles (PT-PI), Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP), Glauber Braga (PSB-RJ), além da deputada Luiza Erundina.

O que é uma Rádio Comunitária e como funciona?

Rádio Heliópolis é uma emissora comunitária sem fins lucrativos.

Criada e dirigida pela UNAS – União de Núcleos, Associações e Sociedades de Moradores de Heliópolis e São João Clímaco.

A equipe da Rádio Heliópolis (locutores, técnicos, coordenadores e colaboradores) é formada por aproximadamente 30 voluntários, moradores ou não da comunidade.

Além do entretenimento eclético (vide “Programação”), tem como objetivo disponibilizar informações de relevância aos ouvintes (entrevistas com profissionais de diversas áreas, notícias, dicas, etc.); promover a cidadania (trocas de informações, denúncias, bate papos sobre conscientização cidadã, manutenção e conservação de áreas públicas e privadas, etc.)  e a busca da melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento da comunidade (divulgação de projetos sociais, anúncios de empregos e oportunidades, cursos, etc.).

Histórico

  • 1992: Os moradores de Heliópolis trabalhavam em um programa de mutirão para a construção de casas na favela. Havia a necessidade de se organizar e para isso, precisavam de um meio de comunicação. Com recursos obtidos da ajuda de padres alemães que desenvolviam um trabalho na região, foi possível comprar um equipamento bastante simples.      08 de maio de 1992: É criada a “Rádio Popular de Heliópolis”. A programação é transmitida através de alto falantes “cornetas”, instalados em postes em dois pontos da comunidade.

  • 27 de agosto de 1997: As velhas cornetas são aposentadas e é criada a rádio comunitária na Freqüência Modulada 102,3 MHz.

  • 1999: Devido à interferência do sistema nas emissoras comerciais e por força da lei nº 9.612, a freqüência passa a ser FM 98,3 MHz.

  • 2002: Outra interferência às emissoras comerciais, obrigando a uma nova mudança de freqüência: FM 97,9 MHz.

  • 2003: Conquista do prêmio: “Ação Social pela Promoção da Cidadania”, da APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte de São Paulo. Um reconhecimento à luta pelo direito à comunicação promovida pela Radio Heliópolis.

  • 2004: A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) decreta o fechamento da Rádio Heliópolis, fato que gera grande mobilização da comunidade. O Governo Federal compromete-se a dar encaminhamento para a mudança de “Rádio Comunitária” para “Rádio Educativa”.

  • 2006: Mudança de endereço: O estúdio, antes na Rua da Mina, sede da UNAS, transfere-se para sede própria à Rua Paraíba, 76 – Copa Rio.  É decretado novamente pela Anatel o fechamento da Rádio, porém, por breve período.

  • 27 de outubro de 2006: É publicada no Diário Oficial a permissão provisória de funcionamento.

  • 2007: Aberta pelo governo a licitação para funcionamento. Duzentas e oitenta e oito rádios, entre elas a Rádio Heliópolis, enviam ao Ministério das Comunicações pedido de licença definitiva para funcionarem como rádios comunitárias.

  • 13 de março de 2008: É publicada a autorização oficial e definitiva para o funcionamento da Rádio Heliópolis.

  • 15 de junho de 2009: Por determinação da Anatel e do Ministério das Comunicações, a Rádio Heliópolis passa a transmitir na freqüência de 87,5 MHz.

Horários rotativos

O funcionamento da Rádio é das 6h da manhã às 0h, sendo que a cada meia hora entra o apoio cultural, a cada duas horas troca se de locutores com o mesmo objetivo de levar musicas e noticias a comunidade de Heliópolis e região.

Abrangência

A Rádio Comunitária Heliópolis 87,5 F.M,tem um alcance de 1km, atingido a região do Heliópolis e seu entorno como: Jardim Patente, Arapuã, São Caetano, Vila Alpina, Vila Prudente, Cambuci.Rugi Ramos etc.

Anúncios ou “Apoios Culturais”

Por se tratar de rádio comunitária, os anúncios veiculados na programação (“spots” radiofônicos) são chamados de “Apoios Culturais”. Em geral, estes são gravados nos estúdios da Rádio Heliópolis e tem como objetivo a divulgação do comércio local (ou do em torno), produtos, serviços, etc. (não é permitida a divulgação dos valores ou preços destes produtos e/ou serviços). Mediante assinatura de um contrato, estabelece-se a quantidade de inserções diárias e por quanto tempo o Apoio Cultural será veiculado na programação (semanas, meses). Os valores cobrados por estes apoios culturais são simbólicos e estão muito aquém daqueles cobrados por rádios comerciais. Essa verba é destinada à manutenção dos equipamentos e/ou ao pagamento de pequenas despesas da Rádio Heliópolis.





Banda larga não presta e é cara. Ley de Medios já !

Na foto, a herança do FHC. E ele diz que "avança" !
image
Saiu na Folha (*), pág. B7:
“Banda larga no Brasil e mais cara e pior”
“Pesquisa da federação das indústrias do Rio foi entregue ontem ao Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo”.
“Levantamento aponta que a velocidade de Mbps custa em média US$ 43 no Brasil, contra US$ 9,30 na Alemanha”.
Navalha

NAVALHA

Foi no que deu a privatização da telefonia do Farol de Alexandria.
Clique aqui para ler “BrOi afunda e Dantas flutua”.
E a Anatel ?
Anatel ?
Que Anatel, amigo navegante ?
Ley de Medios, já !
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
 
Do Portal Politikei -  29.03.2011

Estudantes e Professores - Diga não ao bloqueio de blogs - Divulguem e cole no seu blog.



Talvez você não saiba, mas seu blog está sendo bloqueado na escola de minha filha, na faculdade onde estudo e na empresa em que minha esposa trabalha. Mas por quê esse bloqueio?

Ponto de vista dos profissionais de TI e empresários
A função dos blogs é disponibilizar downloads de programas e filmes piratas que geralmente trazem junto com eles algum vírus ou código malicioso que infecta a rede corporativa. Por segurança tudo é bloqueado.

Ponto de vista dos blogueiros sérios
Nossos blogs não podem ser bloqueados e discriminados pagando pelos erros de pessoas sem escrúpulos que mancham a reputação de blogs de qualidade e conteúdo relevante.

O bloqueio por url é uma realidade
Uma rápida busca no Google e você encontrará vários scripts ensinando como bloquear páginas da web pela url. Em alguns fóruns você verá perguntas formuladas por profissionais querendo descobrir como bloquear o blogger pela url. Mas não para por ai, wordpress, blogspot, blog, e isso é uma pena pois existem blogs de muita qualidade que são bloqueados por esses scripts de firewall.
Veja um link que comprova que há busca por esse tipo de script na web:

    Campanha “Diga não ao bloqueio de blogs” “Diga não ao bloqueio de blogs”, que tem dois objetivos principais:
  1. Conscientizar os blogueiros de que empresas, bibliotecas, faculdades e escolas bloqueiam blogs com palavras específicas na url como blogger, blogspot, blog, wordpress entre outros, sem levar em conta o conteúdo desses blogs.
  2. Conscientizar os administradores de rede de empresas, bibliotecas, faculdades e escolas que nossos blogs possuem conteúdo relevante para seus colaboradores e estudantes.
Como participar
Escreva um post divulgando a campanha, coloque os banners da campanha em seu blog, orkut, myspace, facebook e envie essa notícia para seus amigos que trabalham em empresas ou estudam e frequentam escolas, faculdades e bibliotecas que bloqueiam nosso conteúdo. Vamos conscientizar os administradores de rede de que possuímos conteúdo relevante para seus colaboradores e estudantes.

Pegue o banner que melhor se adapta a seu template e coloque em seu blog, twitter, facebook, orkut ou e-mail, clique com o botao direito sobre a imagem e 

cole no seu local preferido.



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Postado por Márcia
Do blog do Professor Hamilton - 02.08.2009