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América Latina: cenário de complexidades


Para além dos aspectos de conteúdo e infraestrutura, a análise de características históricas de cada nação é fundamental para traçarmos o perfil de um determinado sistema midiático. O recente passado autoritário e um sistema altamente concentrado de mídia privada acabam por oferecer realidades muito semelhantes para a a América Latina. Neste sentido, as temáticas referentes às Políticas de Comunicação na região contam com um desenvolvimento peculiar. Os períodos – ainda não muito distantes – de regimes ditatoriais na região trouxeram um duplo efeito perverso:

  • Na época, o cerceamento da liberdade de imprensa e expressão – afetando fortemente os meios de comunicação .
  • Nos dias de hoje, o impacto de tais medidas contribui para que a tentativa de qualquer regulação no setor seja equivocadamente taxada como censura.

Ditadura e as comunicações

No caso do Brasil,  para além da censura, o regime ditatorial atuou fortemente no sentido de fortalecer as redes de televisão como parte de suas estratégias de poder. Isso aconteceu tanto por meio dos subsídios diretos a essas empresas (incluindo verbas oficiais de publicidade), quanto pelo financiamento da interligação entre as cabeças-de-rede e as afiliadas, utilizando a rede de telecomunicações do governo (naquela época, por meio da tecnologia de microondas). Como mostra Othon Jambeiro, no livro A TV no Brasil no Século XX , “os militares viam na televisão um instrumento importante para promover suas ideias sobre segurança nacional e modernização das estruturas econômicas e sociais do país”.

Felizmente, essa perspectiva está sendo dissipada com a consolidação da democracia e com a necessidade de intensificação – imposta grandemente pela revolução tecnológica – da discussão sobre os marcos regulatórios para o setor.

Nesse momento, por exemplo, países como Argentina, Brasil, Equador e Uruguai debatem e promovem alterações importantes em suas legislações relacionadas aos meios de comunicação. Iniciativas não estatais, como a Observatorios en Red (Rede de Observatórios de Mídia) e a regional latino-americana do Global Forum for Media Development (Fórum Global para o Desenvolvimento da Mídia) também são tentativas recentes de contribuir para essa agenda.


Maioria dos peruanos mostra-se otimista com governo Humala, diz pesquisa


No dia da posse dos 18 ministros, levantamento indica que quase 70% da população

Por: Brunna Rosa, especial para a Rede Brasil Atual


Lima (Peru) – Nesta segunda-feira (1º), os 18 ministros do novo governo presidencial do Peru assumiram suas funções – apenas três são mulheres. O novo quadro aponta para um perfil de governo moderado, como indicava o discurso de campanha de Ollanta Humalla, que vai priorizar investimentos na área social, sem perder o alinhamento ao mercado financeiro.

Ativista argentino reforça o papel das redes sociais nas revoluções

O início de 2011 ficou marcado pela Primavera Árabe, apelido dado à série de revoluções iniciadas na Tunísia e que refletiram posteriormente no Egito, Bahrein, Síria e Líbia. Em grande parte dos protestos, principalmente no caso do Egito, as redes sociais foram atores decisivos. Utilizadas como ferramentas de mobilização e até mesmo como fonte para muitas emissoras de TV e de jornais, os meios digitais se afirmam como uma das principais vias de informação em um mundo com menos barreiras. 

Telefônica demite na Espanha e lucra aqui


Ontem a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico disse que, provavelmente, só daqui a 15 anos a Espanha, assolada pela maior onda de desemprego de sua história, voltará a ter os mesmos níveis de ocupação de antes da crise global de 2008.

Hoje, uma de suas principais empresas – a Telefónica de Espanha – deu sua “ajudinha” para que essa previsão se concretize.

Anunciou a ampliação de seu já enorme plano de demissões para 8,5 mil funcionários, nos próximos cinco anos, ante uma previsão anterior de 6,5 mil demitidos. Isso representa um quarto de todos os seus empregados na Espanha.

Segundo O Globo, “A Telefónica considera que a redução nos custos com pessoal é o “único caminho” para garantir a lucratividade em um universo de “inexorável declínio das receitas”, como resultado dos avanços tecnológicos e queda nos preços pela forte concorrência”.

Não é o único caminho, não. Há outro e somos nós aqui no Brasil. Veja o que diz esta matéria publicada mês passado pelo Terra, onde se anuncia o pagamento de maiores dividendos aos acionistas da empresa:

“Uma das principais apostas da Telefônica é no mercado brasileiro, que deve ajudar a compensar a estagnação na Espanha. A estratégia do grupo é se concentrar em crescimento de dados móveis, com expectativa de expansão anual de banda larga sem fio de 30% a 35% de 2010 a 2013.A Telefônica teve lucro líquido de 10 bilhões de euros no ano passado. O desempenho fora da Espanha na Europa e na América Latina foram suficientes para ofuscar a fraqueza no mercado doméstico, onde a economia patina depois do estouro de uma bolha no mercado imobiliário.A América Latina representa 43% da receita do grupo, contra 40% em 2009. A Espanha, por sua vez, reduziu seu peso no faturamento para 30%, de 35%.”

O Brasil é mesmo um negócio da China para as multis, não é? Trabalham mal – a Telefônica lidera o ranking do Procon há cinco anos – e ganham muito….

Por Brizola Neto - Tijolaço - 26.05.2011