MTV Brasil pode ser vendida e extinta do País


 Abaixo dos resultados esperados, a MTV Brasil não melhorou sua situação financeira nem mesmo com a redução de gastos e foi colocada à venda pelo Grupo Abril há dois meses, segundo informações publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira. As negociações podem dar um novo rumo ao canal musical, que pode ser vendido para outros grupos ou devolvido para a dona original da marca, a americana Viacom.

A rede nacional da MTV tem mais de 30 afiliadas, nas frequências VHF e UHF, nas principais regiões do país. Apesar da grande especulação de grupos religiosos, quem estaria à frente das conversas para a compra seria um grupo de investidores internacionais. Além do sinal de TV por todo o país, o pacote deve incluir o prédio onde a MTV está sediada, na zona oeste de São Paulo, de acordo com a publicação. Com a venda da rede, o grupo Abril, que tem os direitos da marca MTV Brasil licenciado até 2018, pode renegociá-la com a Viacom, interessada em manter o título no país, batizando um de seus canais na TV paga. 
Se isso acontecer, a atual programação da rede deve ser extinta. Em contato com a Folha de S. Paulo, o Grupo Abril, via assessoria, disse que não vai se pronunciar sobre o assunto. A Viacom também não se pronunciou.   

Justiça leiloa terreno do Pinheirinho

 
Sete meses após a violenta desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), a Justiça vai leiloar o terreno e usar parte da verba para pagamento da dívida da empresa Selecta, do empresário e especulador financeiro Naji Nahas. De acordo com notícia veiculada no jornal "O Vale", a massa falida da Selecta, proprietária do terreno onde viviam cerca de 1.700 famílias, está sob a responsabilidade do juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, da 18ª Vara Cível.

José Dirceu: Por que o ódio da imprensa?

Em raras ocasiões, na conturbada história política brasileira, houve tamanha unanimidade em torno de qual deve ser o destino de um ator político relevante. Diariamente, em colunas e editorias dos jornalões, em solenidades com acadêmicos e políticos de extração conservadora, em convescotes de fim-de-semana da burguesia "cansada", todos os que chegam aos holofotes da mídia proferem a mesmíssima sentença: é preciso banir de uma vez por todas da vida pública o ex-ministro José Dirceu.

O comando dessa unanimidade é pautado por um curioso senso de urgência. Não há pressa para atenuar os problemas estruturais do país e suas estruturas arcaicas. Só se fala em ação imediata quando o assunto é condenar o “chefe da quadrilha”, montada a partir do Palácio do Planalto para comprar apoio político no Congresso. Poucas vezes, em um lance da política, tantos conseguem perder ao mesmo tempo e na mesma dimensão. Na sua sanha inquisitorial, a grande imprensa dá mostras de pusilanimidade, de um espetáculo de fraqueza para dentro de si mesma e de leviandade para fora. Sai em frangalhos, mas persevera no que considera uma questão de honra.