Nós, cidadãs, cidadãos e entidades abaixo relacionadas, vimos a
público nos manifestar contra o machismo e a lesbofobia que vem
ocorrendo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e
exigimos ação imediata da Universidade contra isso.
Na noite de 14 de abril de 2012, em uma festa de
estudantes na UFJF, no Instituto de Artes e Design, uma jovem de
17 anos foi estuprada. Queremos que haja apuração e punição de
culpados, por parte da Reitoria, Direção do Instituto e demais
autoridades. Também queremos que ações educativas sejam
implantadas. Isso porque, muito embora saibamos que a violência
física e simbólica contra as mulheres lamentavelmente ocorra em
toda a sociedade, não podemos admitir tais atrocidades no ambiente
acadêmico, onde o ensino, a pesquisa, a extensão e a administração
devem se dar na busca por uma sociedade igualitária e democrática.
O estupro da jovem, no dia 14 de abril, infelizmente é
uma situação limite mas não é um fato isolado. Em recepção aos e
às estudantes, em março, calouras da Faculdade de Comunicação
foram obrigadas a carregar placas com os dizeres "cara de sapatão"
e "cara de puta". Tais "brincadeiras" constrangedoras expressam a
lesbofobia e o machismo que chega no estupro, no contexto da
calourada. Do constrangimento ao estupro, esses fatos não tiveram
efetivas e eficientes ações contrárias por parte da Universidade.
Quem se cala diante disso é conivente com a violência
contra a mulher, expressa no machismo e na lesbofobia. Uma
Universidade Federal, que é paga pelo dinheiro do povo - mesmo
povo que elegeu uma mulher para a Presidência da República -, não
pode admitir essa e nenhuma violência.
Basta de impunidade! Queremos que a Reitoria e as
direções de unidades envolvidas apurem, punam e implementem ações
educativas.
Chega de machismo e de lesbofobia na UFJF! Chega de
machismo e de lesbofobia em toda a sociedade.
Caríssimos e caríssimas,
Por favor, quem puder assinar/apoiar, escrevam para fernandaestima69@gmail.com
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Nós, vizinhos da UFJF, sempre reclamamos dessas festas. Elas incomodam com barulho, baderna e violência nas redondezas. Foram várias reclamações, matéria jornalística, boletim de ocorrência... Nada foi feito. Infelizmente, teve de acontecer essa desgraça com uma jovem para a reitoria tomar providências. Espero que, depois dessa, os eventos no campus se restrinjam ao fins de uma universidade: produção e disseminação de conhecimento e cultura. Balada, os jovens já têm de sobra em outros espaços.
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