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"Tive uma grande decepção e um grande susto com o julgamento", afirma Moreira Leite

O Diretório Zonal do PT na Vila Mariana realizou na tarde do sábado (24), em sua sede, a plenária “Mensalão e a Criminalização da Política no Brasil”. O evento teve como debatedor o jornalista e blogueiro Paulo Moreira Leite, que foi diretor de redação da Revista Época e do Diário de S. Paulo. Cerca de 100 militantes participaram da atividade que teve como foco central o julgamento da Ação Penal 470 e o tratamento dado pela mídia no caso.

Moreira Leite explicou como iniciou o movimento para articulação de debates semelhantes a esse. “Eu, como a maioria de vocês, tive uma grande decepção e um grande susto com o julgamento. Há sete anos a gente ouve falar do ‘mensalão’ todos nós podemos ler coisas sobre o processo do ‘mensalão’ e muitas vezes mudamos de opinião achamos uma coisa e depois achamos outra. Todos nós já tinhamos uma certa visão e opinião e como é que o povo teria julgado esse ‘mensalão’, tendo em vista as eleições nos anos de 2006 e 2010”.

E completa: “Sabíamos um pouco que a politica está aqui e a Justiça tá ali, e como jornalista, fui me inteirar sobre este assunto e o que existia de material jurídico.Eu não vou mentir, eu não fui ler as 65 mil páginas [do processo], até porque,nenhum ser humano consegue ler num prazo de vida útil. Outro dia, fui ler um livro de mil que não precisa tomar decisões nenhuma, me levou um mês pra ler...

O jornalista afirmou ter lido os relatórios da Polícia Federal e também as alegações -finais pré-julgamento. Ele falou ainda sobre Roberto Jefferson. “Quando ele saiu da televisão, ele foi falar na Polícia Federal e chegou a dizer que o ‘mensalão’ era uma coisa mental, e depois ele disse que não era”.

PT cresce 44% e PSDB diminui 46% em número de filiados em SP


O número de filiados ao PSDB na capital paulista caiu 46% entre junho de 2008 e junho de 2012. O principal motivo, segundo o partido, foi uma atualização dos cadastros de filiados, feita para as prévias da eleição deste ano.

 Em 25 de março, os tucanos escolheram José Serra como candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo. Apenas os filiados ao partido podem votar e, por isso, o cadastro passou por revisão. O número na cidade de São Paulo caiu de 42,5 mil para 22,8 mil entre junho de 2008 e junho deste ano.

 Os outros quatro partidos com maior número de filiados no Estado de São Paulo registraram crescimento na capital: PP (2,7%), PMDB (5%), PTB (29%) e PT (44%).

 "Pessoas que se filiam em um determinado momento podem mudar de cidade, de sigla partidária ou nem se lembrar mais que são filiadas, isso é comum em qualquer partido", disse o secretário geral do PSDB em São Paulo, Cesar Gontijo.

 "A diminuição não reflete falta de apoio. O PSDB é o maior partido do Brasil não por ter mais filiados, mas pela qualidade dos que se filiam", disse Gontijo. Ele disse reconhecer, contudo, a importância dos militantes para o partido, tanto que outras cidades como Guarulhos e Santos promoveram recentemente campanhas de filiação.

 "O ideal é ter a visão exata da dimensão atual do grupo de filiados, para depois aumentar a quantidade de pessoas", afirmou.

 No mesmo período, o número de filiados do PT na capital paulista passou de 86 mil para 123,5 mil. Segundo o presidente estadual do PT, Edinho Silva, o partido também trabalha com dados atualizados e não há número "inflados".

 "Os dados refletem nossa tradição de ter nos municípios o partido funcionando ativamente. Um maior quadro de filiados significa mais força orgânica de um partido na sociedade", afirmou Silva.

HIPÓTESES

 Para o cientista político Valeriano Mendes Costa, a diferença nos números pode refletir uma aprovação maior das pessoas ao governo federal ou até um esgotamento com relação ao governo do PSDB no Estado.

 "O fortalecimento do PT em termos nacionais pode gerar mais visibilidade e atração pelo partido. Por outro lado, um ciclo muito longo do PSDB no governo estadual pode começar a dar mostras de esgotamento ou perda de dinamismo no partido", disse Costa.

 "O perfil de todos os partidos está mudando, mas com os números vemos que o PSDB é um partido forte, mas que depende menos dos filiados. Enquanto no PT o papel deles ainda é mais ativo", afirmou.

 Para o cientista político Oswaldo Amaral, a aprovação ou reprovação de governos não interfere de forma significativa no quadro de filiações.

 "É provável que a boa aceitação do governo Lula tenha facilitado a captação de novos membros. No entanto, mais importante é o partido investir tempo e recursos para isso", disse.

 Da mesma forma, afirmou, a queda no número não necessariamente "reflete maior ou menor apoio ao partido por parte do eleitorado".

Fonte: Folha de SP