
"Eu estava pintando um cartaz no chão quando fui violentamente abordado por um policial, que me empurrou contra o chão e jogou spray de pimenta em meu rosto", afirma o estudante da UFRN Armênio Brito. "Foi quando outros manifestantes partiram para cima do policial e a confusão ficou generalizada. De início, era apenas uma única viatura; depois surgiram outras 14", frisou.
Para o artista popular Rodrigo Bico, que enfrentou a ação da polícia, os manifestantes fizeram um cerco e se abraçaram, sentados ao chão, evitando que alguns membros do ato fossem levados presos. "Mesmo assim, sofremos chutes, socos, spray de pimenta e até agressões com cacetetes. Mas, pela pressão popular, os policiais recuaram, inclusive, várias viaturas foram embora, restando no local umas cinco", disse Bico, acrescentando que os militares estavam sem identificação no uniforme. Um dos manifestantes que chegou a receber voz de prisão foi Bruto Costa, militante político. "Quando vi o policial agredindo as pessoas e tentando prendê-las, imediatamente o chamei de 'marginal'. Ele fez uma foto minha de seu celular e, em reação, também fiz uma foto dele. Ele tentou pegar meu aparelho e quis me levar preso alegando desacato a autoridade, mas foi impedido pelo coletivo", destacou.
Soraya Godeiro, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal (Sinsenat), uma das muitas entidades de classes presentes no ato, repudiou a ação da PM. "Enquanto a sociedade está amedrontada, com fugitivos à solta e motoristas de ônibus sendo assaltados, vemos um enorme contingente de policiais reprimindo um ato pacífico, formado por movimentos dos mais diversos que querem apenas cobrar seus direitos. Fico indignada e essa atitude só mostra que o papel da PM é de repressão e não proteção", ressaltou. Segundo Soraya, diversas são as reinvidicações da sociedade em cobrança aos parlamentares. "Nós, por exemplo, cobramos da prefeita a database dos servidores municipais, que visa evitar o congelamento do salário base. "A nossa database é em março, é Lei e, portanto, tem que ser cumprida", frisou. De acordo com um dos membros, um funcionário do Sinsenat fez exame de corpo de delito ainda ontem, após sofrer agressão com cacetete.
Providências
Procurado pela reportagem do Diário de Natal, o comandante geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Coronel PM Francisco Canindé de Araújo Silva, afirmou não ter tomado conhecimento de uma possível ação truculenta. "Se alguém se sente prejudicado, aconselho que procure o Quartel da PM ou a Corregedoria da Polícia, formalizando a queixa", sugeriu. Questionado acerca da não identificação dos militares, mencionada por alguns manifestantes, o comandante disse que todos os PMs são identificados em suas fardas e em seus carros funcionais. "Isso será apurado e se for comprovado que houve algum excesso, os policiais envolvidos serão responsabilizados", concluiu.
Cortejo
Após o tumulto, os manifestantes tiveram o apoio do grupo Pau e Lata e seguiram em cortejo por diversas ruas de Petrópolis e Cidade Alta. Ao passar pela Prefeitura de Natal, manifestantes jogaram tomates em direção ao prédio. "O passo seguinte foi se juntar aos movimentos que já estavam concentrados em frente à Assembleia Legislativa, que também voltou às atividades, e depois ao Beco da Lama, em protesto contra o fim de eventos festivos no local", explicou o ativista Tiago Aguiar. "Por que lá não pode e durante o Carnatal tudo é permitido? É uma questão a ser levada em consideração pelas autoridades".
Soraya Godeiro, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal (Sinsenat), uma das muitas entidades de classes presentes no ato, repudiou a ação da PM. "Enquanto a sociedade está amedrontada, com fugitivos à solta e motoristas de ônibus sendo assaltados, vemos um enorme contingente de policiais reprimindo um ato pacífico, formado por movimentos dos mais diversos que querem apenas cobrar seus direitos. Fico indignada e essa atitude só mostra que o papel da PM é de repressão e não proteção", ressaltou. Segundo Soraya, diversas são as reinvidicações da sociedade em cobrança aos parlamentares. "Nós, por exemplo, cobramos da prefeita a database dos servidores municipais, que visa evitar o congelamento do salário base. "A nossa database é em março, é Lei e, portanto, tem que ser cumprida", frisou. De acordo com um dos membros, um funcionário do Sinsenat fez exame de corpo de delito ainda ontem, após sofrer agressão com cacetete.
Providências
Procurado pela reportagem do Diário de Natal, o comandante geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Coronel PM Francisco Canindé de Araújo Silva, afirmou não ter tomado conhecimento de uma possível ação truculenta. "Se alguém se sente prejudicado, aconselho que procure o Quartel da PM ou a Corregedoria da Polícia, formalizando a queixa", sugeriu. Questionado acerca da não identificação dos militares, mencionada por alguns manifestantes, o comandante disse que todos os PMs são identificados em suas fardas e em seus carros funcionais. "Isso será apurado e se for comprovado que houve algum excesso, os policiais envolvidos serão responsabilizados", concluiu.
Cortejo
Após o tumulto, os manifestantes tiveram o apoio do grupo Pau e Lata e seguiram em cortejo por diversas ruas de Petrópolis e Cidade Alta. Ao passar pela Prefeitura de Natal, manifestantes jogaram tomates em direção ao prédio. "O passo seguinte foi se juntar aos movimentos que já estavam concentrados em frente à Assembleia Legislativa, que também voltou às atividades, e depois ao Beco da Lama, em protesto contra o fim de eventos festivos no local", explicou o ativista Tiago Aguiar. "Por que lá não pode e durante o Carnatal tudo é permitido? É uma questão a ser levada em consideração pelas autoridades".
Via Diário de Natal
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