Construtora Racional culpa terceirizada por trabalho escravo em obra de hospital

O representante da construtora Racional Marcos Santoro voltou a afirmar hoje (8), em depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo, que a empresa "não tem culpa" pelo emprego de mão de obra em situação análoga à escravidão em obras de reforma no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo. Santoro foi convocado para explicar irregularidades encontradas em fevereiro em obras pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, após receber denúncia de um dos operários.

 Escravidão por dívida
Um grupo de 11 maranhenses trabalhava como pedreiros e serventes para a construtora Racional Engenharia na ampliação do hospital. Os representantes da Racional alegaram que os empregados eram terceirizados e que a direção desconhecia as irregularidades. Dos 11, quatro foram aliciados no Maranhão e já chegaram a São Paulo endividados. Os demais trabalhavam em outra obra na capital. De acordo com auditores fiscais do trabalho, eles não tinham dinheiro para comprar cartões telefônicos e entrar em contato com familiares nem para se locomover dentro da cidade.